TERÇA-FEIRA
29/04/2025
2ª SEMANA DA PÁSCOA
SANTA CATARINA DE SENA – VIRGEM E DOUTORA
Evangelho – João 3,7-15
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João
– Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos:
7 “Vós deveis nascer do alto.
8 O vento sopra onde quer, e tu podes ouvir o seu ruído, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito”.
9 Nicodemos perguntou: “Como é que isso pode acontecer?”
10 Respondeu-lhe Jesus: “Tu és mestre em Israel, mas não sabes estas coisas?
11 Em verdade, em verdade te digo, nós falamos daquilo que sabemos e damos testemunho daquilo que temos visto, mas vós não aceitais o nosso testemunho.
12 Se não acreditais quando vos falo das coisas da terra, como acreditareis se vos falar das coisas do céu?
13 E ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem.
14 Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado,
15 para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Como fazemos parte de uma sociedade que deseja perpetuar, a todo custo, a juventude, quando ouvimos a expressão “nascer de novo” poderíamos pensar na publicidade de uma nova técnica de rejuvenescimento.
Porém, Cristo nos fala de algo muito mais profundo do que manter a aparência; ele fala de uma vida nova gerada na força do Espírito.
Vida nova que acontece numa comunidade, a comunidade eclesial.
Pelo batismo, tornamo-nos novas criaturas no seio da Igreja, pela qual somos convidados a ser construtores de uma nova ordem social, simbolicamente descrita nos Atos dos Apóstolos.
SANTA CATARINA DE SENA – VIRGEM E DOUTORA
Nasceu em Sena a 25 de março de 1347, vigésima quarta filha de Tiago e Lapa Benincasa.
Aos sete anos celebrou o matrimônio místico com Cristo.
Que isto não foi fruto de fantasias infantis, mas o início de extraordinária experiência mística, logo se pôde averiguar.
Aos quinze anos Catarina começava a fazer parte da Ordem Terceira de são Domingos iniciando vida de penitência e extremado rigor.
Para vencer a repugnância para com um leproso que cheirava mal, inclinou-se e beijou-lhe as chagas.
Analfabeta, começou a ditar a vários amanuenses as suas cartas, profundas e sábias, endereçadas a papas, reis e líderes como também ao povinho humilde.
O seu corajoso empenho social e político suscitou não poucas perplexidades entre seus próprios superiores e foi obrigada a comparecer ao capítulo geral dos dominicanos, reunido em Florença em maio de 1377, para prestar esclarecimentos de sua conduta.
Em Sena, no recolhimento de sua cela, ditou o Diálogo sobre a Divina Providência para render a Deus o seu último canto de amor.
Respondeu ao apelo de Urbano VI com quem estava aliada desde o início do grande cisma, porque o papa a quis em Roma naquele momento de grave confusão.
Aí ficou doente e, cercada de seus numerosos discípulos, aos quais recomendou somente que se amassem uns aos outros, entregou sua alma a Deus.
Era o dia 29 de abril de 1380. Fazia um mês que cumprira 33 anos. Foi canonizada a 29 de abril de 1461.
Em 1939 foi declarada padroeira principal da Itália juntamente com são Francisco de Assis.
No dia 4 de outubro de 1970 Paulo VI proclamou-a doutora da Igreja.